Apartamento que ocupa área referente ao Sétimo/Oitavo andar(Melissa Nowa Clambert, Celius Clambert, Dominique Sophie Mathieu e Phelipe Antonny Clambert.)

++Phelipe++

Olhei para minha bebida, pedindo mais um pouco para meu garçons, dessa vez um pouco de Uísque importado, sim, nessa noite beber seria uma de minhas atividade, pelo menos até outra pessoa aparecer. Enquanto esperava, arrumei meu cabelo castanho novamente, deveria estar impecavelmente elegante, com aquele terno preto que usava e a gravata azul que ganhara de meus pais. Não, eu não gostava dessa roupa, sinceramente preferia atividades nas quais estava sem ela, no entanto, o que mais era aquele mundo que vivia se não de aparências? E aparências, esse era meu mundo e meu jogo preferido, e no qual era especialmente um campeão.

-Hora de voltar a velha forma Clambert.

Falei para mim mesmo, sentindo meu i-fone tremer como se tivesse recebendo mensagens e pegando o aparelho de cor negra, lendo o que tinha ali e dando um sorriso satisfeito, sim, meu recado havia chegado ao destino e agora era só esperar os meus convidados. Vi meu garçom vir em minha direção, puxando a taça e tomando um gole da maravilhosa bebida, o que me esperava naquela noite? Eu queria saber, e ia fazer tudo para dar certo.

Tomei um gole, colocando a taça na mesa ao lado do sofá, então vendo o movimento na porta, enquanto uma menina entrava. Dei um sorriso satisfeito. Broke Azihard. Ela era bela, muito bela. Minha antiga companheira de turma que havia entrado na faculdade prematuramente. Ela realmente ficava ótima com aquele vestido. Pensei, embora sinceramente fosse apreciar mais se ela estivesse sem ele, no entanto não faria isso, preferia consegui-lo por outros meios. Sempre conseguia afinal. Ela tinha um noivo, mas sabia que este não seria pareo para um Clambert.

-Obrigado... E belo vestido... Apesar de não fazer jus a sua beleza senhorita Azihard.-falei quando ela se aproximou, me abaixando e beijando delicadamente sua mão, como um símbolo de educação. Ou seria de outra coisa? Já que ela não parecia mais ter uma aliança no dedo. -Espero que se divirta por aqui, além do mais, acho que esse será um recomeço para todos nós.

Falei, zelando por minhas palavras, afinal sempre era cuidadoso, a não ser quando tratava com uma das dançarinas que tinha mania de contratar. Talvez minha fama falasse mais alto que eu mesmo, mas eu realmente não me importava com isso, afinal o que era uma festa para todos? Principalmente aquelas que realizava, onde as coisas que as pessoas faziam na festa, ficavam na festa, a não ser quando alguem mandava um relato para o blog da gossip Girl.

-Vejo que esta sem Aliança. Brigou com Lucas?

Perguntei, sem mudar minha expressão facial, apesar da satisfação, dando um lugar para ela se sentar ao meu lado, enquanto tomava mais um gole de minha bebida. Senti meu i-fone tremer novamente com uma nova mensagem, no entanto, não dei atenção, me preocupava com outras coisas agora, como entreter minha convidada.

++Mattew++

Ah... Uma boa leitura, uma das atividades mais prazerosas que a vida podia oferecer. Ë claro existiam outras para o nosso capitão do time de futebol Americano, no entanto, aquela era a que mais agradava aos seus pais, que naquele dia haviam deixado o nosso quase italianinho sozinho em casa, devido a mais um dos imprevistos de seus empregos, nada mais que um caso padrão no entanto. Facilmente resolvível.

Orgulho e preconceito já nublavam a mente de nosso rapaz, fazendo seus olhos tenderem a se fecharem naquele dia tranqüilo e calmo, afinal as letras já se misturavam e rodeavam sua cabeça, enquanto o canal de esportes da teve apenas passava retrospectivas de jogos anteriores. Belo dia de férias. Belo dia de tempo bom, no entanto sem nada para fazer. Quer dizer, havia algo para fazer, mas seria banal de mais para o momento, como podia ouvir os murmúrios de duas pessoas vindo de seu quarto. Seu primo, e a nova namorada. Ou seria ficante? Provavelmente a segunda opção.

Por isso, devem imaginar a surpresa e recém adquirido animo do menino ao ouvir o celular tocar a sua musica favorita do Linkin Park, quando uma nova mensagem de texto lhe chegou em mãos. Eram fofocas, da menina misteriosa que fofocava em seu blog sobre a vida aléia... No entanto, aquela mensagem lhe chamou atenção... Era um convite, um convite para uma festa que estava acontecendo em um prédio ali perto, na residência de um de seus veteranos.

O menino moreno deu um sorriso satisfeito, afinal teria algo para fazer alem de ficar ali lendo, em seguida guardando o celular no bolso e indo em direção ao seu quarto, mal ligando para o primo e a namorada debaixo das cobertas e apenas pegando algumas roupas sócias, e saindo do quarto, indo para a suíte de seus pais e lá se trocando, colocando um terno acinzentado e uma gravata vermelha e arrumando seu cabelo para ir a festa, sorrindo e mirando seus próprios olhos azuis no espelho, estava lindo, maravilhoso.

No segundo seguinte saiu, deixando uma mensagem para o primo sobre a mesa e se dirigindo de taxi até o maravilhoso prédio onde moravam a maior parte de seus amigos. Em seguida descendo do carro e subindo de elevador até o nono andar, avistando varias pessoas conhecida e apenas acenando sorridente, um sorriso verdadeiro, enquanto andava, procurando algum conhecido ou amigo, sem querer trombando com uma menina que nunca havia visto antes por ali que carregava uma bebida aparentemente forte, que o fez fazer careta. Não, não gostava de beber, tinha recaçoes adversas a qualquer quantidade de álcool, não agindo como ele mesmo.

-Me desculpe... -falou o menino de descendência italiana, se desculpando meio sem graça para a menina desconhecida.

++Phelipe++

O que era mais a vida em sociedade do que um jogo restrito que apenas poucos e privilegiados podiam jogar? Um jogo, que devo admitir, me causava interesse e no qual era um profissional. Ë, realmente, temos que admitir que Celius costumava ser muito bom, e tinha me ensinado bem. Mas o que melhor para superar um professor do que seu próprio filho ou aluno, a quem pertenciam tanto potencial como o de um pupilo prodígio. Sim, jogos sociais, aquela era minha especialidade, o mundo em que vivia, onde todos os atos eram feitos na sutileza de um toque de piano.

Sim, sutileza era um dos meus métodos, alem de elegância, apesar de também adorar ser o centro das atenções. Me acham muito mutável? Pois digo-lhes: Não sou. Mutável, apenas ajo do modo como a etiqueta da situação exigida me conduz. Ou, de acordo com o que desejo fazer para vencer. Vi ela pegando uma bebida mais forte, me mantendo com minha taça de vinho na mão, apesar de gostar de beber, perder o controle da situação não se encontrava em meus planos.

-Jovens, bebida e uma festa que possam transportá-los para longe de seus problemas mundanos... Essa é minha missão aqui...

Falei, mantendo a pose elegante, notando o disfarce da situação, mas sem perder as rédeas da situação a minha frente. Claro, podia ouvir dois jovens adiantes brigando por uma menina. O cumulo... Mais falta de indelicadezas que não podiam ocorrer em uma festa perfeita. Acenei a cabeça para os seguranças, os mandando apartear a briga, enquanto tentava não desfocar meus orbes azuis do belo rosto da bela Broke Azihard.

-sim... desperdiçar a nossa juventude é um sacrifício que não deve ser nem considerado...

Falei, em meio a outro gole do maravilhoso vinho tinto português que tinha mandado os meus serviçais servirem. Claro, era do estoque particular de meu pai, mas era lógico que arranjaria mais, sempre arranjava. Olhei para a menino de cabelo castanho que acenava com a cabeça para Brooke, ela não era nada mal. Na verdade admito que adoraria ficar com ela, no entanto, não iria desmerecer sua Irmã, que ainda era mais impressionante ao meu ver.

-Tenho certeza que sim... afinal esses devem ser os genes da familia.- Me expressei calmamente, com um sorriso gentil e sincero, sim, daquela vez falava realmente minha opinião, apesar de continuar em meu belo e luxuoso jogo. Peguei a taça, a colocando sobre a mesinha ao lado, sorrindo educadamente para ela, enquanto pedia a um garçon dois copos de champanhe da melhor qualidade. Sim, aquilo parecia me agradar, e minha face serena, mostrava que não fora a minimamente atacado por suas falas ou ações.- Claro que não... Sabe o que penso... Toda flor possui uma beleza e um perfume diferente, e te atesto, Azihard, o seu é o mais impressionante.

Continuei no tom calmo de antes, não cedendo o ponto para ela tão fácil, afinal, Phelipe Clambert não era um principiante. Eu era bom naquele jogo, tão bom quanto Broke, temos que admitir. Entao, minha próxima reação só atestou essa certeza, já que puxei sua mão delicadamente e beijei sua mão como um comprimento educado e sistemático de um cavalheiro do século quinze, quando cortejava ou dama, ou simplesmente tinha respeito por ela. Claro, não explicitei minhas intenções, no entanto, saia que esse mistério seria um trunfo no final. Logo avistei o caminhar do garçom em nossa direção, com duas taças na bandeja parando. Sorri, estendendo a mão pegando as duas taças e estendendo uma para Brooke.

-Champanhe da melhor qualidade para a melhor rainha...

Pisquei com um sorriso inocente fingido, ainda assim, sem perder a elegância, aproximando o copo da bebida quase transparente de meus lábios e tomando um pequeno gole, com minha pose mantida de sempre aristocrata, observando os curiosos nos olhando. Imagino o que pensavam ao se depararem com a visão de duas das grandes famílias frente a frente. Era algo bem fora do comum, e provavelmente poderíamos nos tornar o casal top da primeira pagina do new York times. Sim, se essa realmente fosse nossa intenção, no entanto a intenção claramente não era essa. Não, nunca pretendera me comprometer, e não seria agora que o faria. E tinha certeza que nela inexistia o desejo de fazê-lo também.

Ouvi sua frase, que me pegou de surpresa, junto com sua pulseira cara de ouro que recebi de presente. Pensei um pouco, tentando manter minha face fria, claro, havia esquecido de comprar algo para parabenizá-la ou para devolve-la de presente, mas é claro que se tratando de mim, sempre tinha um plano “B”.

-Claro... Devo te parabenizar... E tenho uma pequena lembrança que gostaria de te dar..-Chamei o meu mordomo- Justin... Quero que traga aquilo...

-Mas senhor... aquilo é...

-sem mais... Ele é meu presente para minha antiga companheira de escola... Um presente de parabenização.

Falei satisfeito. Quem iria vencer? Era obvio que a vitoria me pertencia totalmente, e ela seria construída sutilmente por mim. Olhei a menina loira na porta, me lembrando de um coisa, e entao me levantando elegantemente, olhando para Brooke e fazendo uma reverencia.

-desculpe, necessito me retirar... Devo fazer algo para meus pais... Daqui a pouco estarei de volta.

Falei, me afastando da menina e me dirigindo a uma pequena menina de cabelos dourados, muito bela por sinal, que se encontrava com uma mala e parecendo meio perdida na festa. Me aproximei, ajoelhando a sua frente e segurando sua mão direita, beijando as costas dessa, sim, eu era um perfeito cavalheiro e anfitrião. No segundo seguinte me levantei.

-Senhorita Mathieu não? Fui informado de sua chegada. Sou Phelipe Clambert, seu anfitrião, muito prazer em conhecê-la. ^^

Eu sorri, meu melhor sorriso simpático e educado, como minha própria criação exigia, enquanto desviava levemente os olhos para trás e via meu mordomo entregar um caro colar de diamantes para a menina Azihard, que parecia um pouco surpresa. Sim, havia ganho de novo. O que faria agora?

++Hanna++

Bela festa... Era o que a pequena menina de cabelo castanho diria enquanto bebia um gole de uma bebida rosada não identificada e olhava para as pessoas ao redor. Todas belas e jovens como ela, e temos que admitir uns rapazes bem atraentes. Ela apenas ficava parada, desdenhando os seus olhares desejosos, claro, era uma dama, então tinha que agir como um uma, e escolher o mais refinado cavalheiro para costume de sí, como os mais belos romances que tinha costume de ler. Claro, não podia parecer disponível, como sua irmã Brooke algumas vezes lhe dissera e obvio, ignorar só aumentava o interesse, como podia notar.

"Obrigada irmã... você é realmente uma bela professora."

Pensou, dando um sorrisinho para sí mesma que queria dizer que ela já havia percebido que sua ascensão a rainha da escola seria um belo jogo. Sim, um ótimo jogo, no qual obteria a vitória definitiva ao final, ou era o que ela mais esperava.

Foi então que ouviu a aproximação e sentiu um abraço, um calor conhecido, de roupas mal escolhidas e de alguém que preferia não ter encontrado por ali, seu irritante e narcisista irmão, Theodore Narcizo Azihard. O susto quase a fez derrubar o liquido rosa em seu vestido. Mas ela controlou bem as mão, e o controlou, como uma perfeita senhorita, enquanto o ouvia fala, sentindo a raiva lhe inundar o cérebro, mesmo assim, mantendo a calma.

-Theodore... Também é um prazer vê-lo...-falou a menina em tom baixo e educado, mas também tão serpentuoso quanto o de uma cobra venenosa.- Infelizmente devo informar que meus atos bondosos com você já acabaram por outro... Quando afastei a baranga de ficante de você... Agora se pode dar licença... Tenho algo para fazer... Mais importante do que papear sobre assuntos "imensamente interessantes" com meu parente colateral de terceiro grau do sexo masculino, com progenitores comuns a mim, o qual possui em sua mente nada mais do que a arrogância proveniente de Apollo e Narciso e o espírito caçador de Zeus em relação a indivíduos do sexo feminino. Com inteligência semelhante a de um Batráquio e senso de moda semelhante aos dos belos e transviados galas de filmes inapropriados para menores de idade, os quais tenho certeza que assiste...-prorroguei a fala de um jeito sutil, intelectual e sorridente, imaginando se ele tinha entendido minhas criticas, em seguida pisando forte em seu pé, com meu sapato santo fino, que eu sabia machucar devido a pressão. -Agora se puder soltar seus membros superiores de minhas costelas e afastar seus lábios cheios de bactérias de minha cavidade auricular agradeceria... E quanto aos nossos progenitores... Posso garantir que confiarão mais na palavra de uma doce e inocente princesinha comportada, do que em um brutamontes pervertido predador de empregadas. Não concorda?-falou ela mais uma vez colocando suas jovens presas de cobra para fora, embora suas ameaças fossem bem sutis e cultas, a tal ponto que poucas pessoas entenderiam.-Além do mais, acho que sua necessidade de um bode expiatório que possa esconder os seus atos ainda é grande não? O que os senhor e senhora Azihard diriam quando soubessem que o querido filhinho deles havia contratado alguem para fazer para ele as provas finais, porque suas notas se assemelhavam a inteligência de um ogro? Ou melhor de um mentecapto?-A menina deu um sorris misterioso, sabia que havia obtido a vitória, era uma víbora afinal, uma pequena víbora envolvida em um mundo onde chantagens podiam significar a manutenção de uma vida.- Portanto, te aconselharia a manter suas palavras dentro da boca, se não quiser que algumas coisas escapem da boca de sua inocente e bondosa irmã. ^^

A menina deu um beijo em sua bochecha e se livrou dele, então olhando para Brooke que havia chegado com a cara mais inocente do mundo, apesar dos dois ali saberem que aquela pequena adolescente a sua frente não possuia o mínimo de inocência.

-Brooke... *-* Sim... Eu adoraria... Mas sabe como é... Papai e Mamãe não deixariam... -se aproximou da irmã a abraçando carinhosamente, a adorava, era seu exemplo de seu futuro eu na familia, com excessão do namorado, nunca arranjaria um namorado tão inexpressivo economicamente. -Ah sim... Ouvi falar que acabou com Lucas... Está triste?

Pessoas... Pessoas e mais pessoas, que nos olhavam sem perder um lance, como em um show ou em um jogo de baseball. Virei os olhos. Devia imaginar aquilo. Deviam querer que eu aprontasse algo como nas vezes anteriores, fizesse algum vexame bêbado ou apenas começasse a fazer strip tease no meio de todos. Revirei os olhos. Os escândalos de Mattew L`amboug do ano passado não eram o bastante? Devia ter sido o garoto mais noticiado na money, na people e na gossip girl ano passado, e isso não era algo bom.

Olhei para a menina a minha frente. Tão bonita, gentil e aparentemente tímida, provavelmente por ser nova na cidade não conhecesse minha reputação, mas aquilo era melhor, o desconhecimento é melhor que o conhecimento de algo que não quer que seja lembrado. E o que eu não queria que fosse lembrado eram meus atos. Meu triste e vergonhoso passado, de que tanto fugia.

-Mesmo que não seja novo ou valioso... Acho que deve ser algo importante para você... E por isso pedi as desculpas...

Expliquei quase silenciosamente e amigável, como se não quisesse que a unica pessoa que não tivesse ouvido falar de mim se afastasse, afinal, dessa maneira não precisaria fingir e de sorrisos falsos, poderia ser eu mesmo e não a criança L`amboug, que me perseguira por toda minha vida como uma sombra. Alguém que nunca era jogado por ser ele mesmo, e sim por ser um membro de sua familia. Alguém que era julgado antes de ser conhecido e cujo dinheiro e o titulo brilhavam mais que a si próprio. Talvez, esse fosse o motivo de eu ter bebido a primeira vez, e as outras. Tentar ser alguém que todos queriam que eu fosse. Um riquinho sem preocupações e fútil que apenas se preocupava com ser o centro das atenções, ou o filho prodigio de um barão italiano dono da maior rede de super mercados do mundo e que iria herdar toda sua fortuna, uma das maiores do mundo. Qual dos dois eu era? Essa pergunta eu respondo, não era nenhum dos dois, e nem queria ser. Mas quem esperava isso de mim? Ninguém. Por isso para mim era mais fácil falar com uma desconhecida, um tanto simpática e bonita por sinal.

-Então também mora aqui... Bela escolha para residência... Um lugar calmo, onde acontecem o covíl de quase todas as festas e celebrações que fala...

Sorri novamente, analisando seu rosto, seu traços delicados, enquanto aproximava suas mãos de meu rosto, desviando levemente o olhar. Não... Pensar algo daquela menina a minha frente seria total falta de cortesia, principalmente quando desejava uma amiga, mesmo que temporária. Temporária? Claro seria isso. Até ela descobrir todos os meus podres. E tinha certeza que eles logo iriam ser informados a ela, pelo correio de fofocas, ou pela gossip.

-Algo?

Perguntei um tanto confuso, vendo ela alisar o meu rosto e a olhando meio confuso. Aquilo era claro em minha expressão. Não sabia o que estava acontecendo e era um tanto lento para aquele tipo de coisa, mesmo eu já tendo... Bem... Ido até o fim com algumas meninas algumas vezes. Confesso que era bem mais perspicaz quando estava bêbado, no entanto beber não era uma coisa que iria arriscar. Vi seu rosto ruborizado, ficando ruborizado tambem, sem motivo aparente, pelo menos um que fizesse sentido para mim.

Ouvi sua pergunta, abaixando um pouco os olhos, sabia do olhar das patricinhas e quase podia ouvir sua conversa, no entanto, o tempo inteiro tentara ignorar. O que faria agora? Já sei... Iria explicar... Apesar de ser horrível nesse troço, a honestidade sempre era o maior remédio. Apesar de por algum motivo eu me sentir um tanto inseguro quanto aos seus pensamentos posteriores. Alarguei o sorriso, rindo um pouco de suas frases posteriores, e parecendo relaxar um pouco, encarando o grupinho com o canto dos olhos e então dando os ombros pra elas simplesmente e voltando a olhar para a menina a minha frente.

-Ah... Isso já me acostumei... Digamos que tenha algum motivo relacionado a não gostar de bebidas. Algo relacionado com algumas coisas vergonhosas que fiz quando estava bêbado em outras festas... Sinceramente, acho que sou um pouco fraco com álcool... Por isso decidi nunca mais botar essa desgraça na boca.

Falei dando um sorriso amigável e encantador, de alguém que falava a verdade. Sim, eu havia falado a verdade, uma meia verdade em realidade. Por algum motivo não queria me referir a posição de meus pais na cidade. Claro, não queria ser julgado novamente. Abaixei a cabeça com um sorriso sem graça. Ela devia me achar um idiota. Um adolescente que ficava louco com uma gota de álcool na boca, que ridículo.

-É... Acho que afinal eu sou um fracasso mesmo... quer dizer.... Seria se não fosse por meus pais...-Pronto! falei demais. Melhor calar a boca agora.